Johnny Depp reconheceu na quarta-feira que a Disney já estava cautelosa em trabalhar com ele antes que a ex-esposa Amber Heard escrevesse um editorial informando às suas alegações de abuso em dezembro de 2018, quando seu interrogatório estava em andamento em um tribunal da Virgínia.
Depp acusou Heard de arruinar sua carreira ao publicar o relato. Ele a está processando em US$ 50 milhões, alegando que suas alegações foram fabricadas e que ela é quem o espancou. Sob interrogatório de seu próprio advogado, Depp disse que a Disney o descartou da sexta parte de “Piratas do Caribe” dias após a publicação do seu relato. O filme não foi produzido e está atualmente no “modo pendurado”, ele testemunhou.
Heard acusou Depp de violência doméstica pela primeira vez quando ela pediu uma ordem de restrição em 2016. Essas reivindicações foram resolvidas quando o divórcio do casal foi resolvido alguns meses depois, e ele e Heard emitiram uma declaração conjunta que incluía a linha de que “nenhuma das partes fez falsas acusações para ganho financeiro.”
O processo de Depp alega que ele sofreu danos ao fim de sua carreira quando Heard reviveu as alegações no artigo do Washington Post, que fazia alusão a Depp, mas não o identificava pelo nome. Para prevalecer, ele terá que mostrar que os danos vieram da peça de 2018 e não das alegações anteriores. Depp argumentou que a peça teve um efeito.
Mas ele também afirmou que sua carreira estava “terminada” a partir “no segundo em que as acusações foram feitas contra mim”.
“Uma vez que isso aconteceu, eu perdi”, disse ele. “Não importa o resultado deste julgamento, vou levar isso para o resto dos meus dias… estou processando-a por difamação e as várias falsidades que ela usou para acabar com minha vida.”
Depp testemunhou que, mesmo depois que a Disney considerou removê-lo de “Piratas 6”, a empresa ainda apresentava seu personagem em parques temáticos ao redor do mundo.
O interrogatório de Rottenborn continuará na quinta-feira. Heard assumirá o cargo mais tarde no julgamento, que deve durar cerca de seis semanas. Em um julgamento anterior no Reino Unido, um juiz rejeitou a alegação de difamação de Depp contra o jornal The Sun, concluindo que as alegações de abuso de Heard eram “substancialmente verdadeiras”.