O Homem do Norte“ The Northman”, um filme violento e épico de vingança de um viking, não é um bom filme. É como “Gladiador” sem o Coliseu e com um herói vingador hulk teimosamente desinteressante. (Ele também se arrasta 45 minutos a mais do que deveria.)
Por mais que “The Northman” seja uma saga medieval da Islândia com fogo, sangue, lama, alucinações folclóricas e pedaços aleatórios de estranheza mística nórdica (sem mencionar que o elemento mais excêntrico de “Hamlet” aumentou um pouco).
Eu poderia dizer que o filme falha porque exagera com todas essas coisas. Três anos atrás, “The Lighthouse” parecia imerso na estranheza do século XIX, com o desempenho de Willem Dafoe, de olhos ardentes e delirantes, de cachorro-do-mar como uma espécie de máquina do tempo humana. Em “The Northman”, as armadilhas de contos altos são exibidas com solenidade fetichista, mas no final são apenas uma fachada.
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Gostei das primeiras cenas com Ethan Hawke, que traz uma humanidade sórdida ao papel do Rei Aurvandil. Mas o primeiro lugar em que pude sentir que o filme estava dando errado foi na sequência extravagantemente brutal em que o filho do rei, Amleth, tendo se tornado o remador musculoso e pensativo interpretado por Alexander Skarsgård, participa do saque de uma vila murada.
É o grande cenário de estupro e pilhagem de Eggers, e não há como negar que seja encenado com uma ‘panache’ correográfica sanguinária e viciosamente eficaz, a câmera rastreando Amleth pela vila enquanto ele esmaga sua espada em qualquer um que vem em sua direção, ou talvez decepe um membro, ou dois, aproximando-se de cada vítima como se estivesse batendo em um mosquito. Ele é, em uma palavra, invencível. Devemos registrar tudo isso e pensar “Legal”.