Em mais um lançamento o universo da sony esta cada vez mais se expandido e traz o vampiro morbius para as telas dos cinemas.
Um doutor com uma rara doença sanguínea, Michael Morbius (Jared Leto) e Milo (Matt Smith) são amigos de gerações bastante diferenciadas, mas que têm em comum a identidade de sofrimento encerrada na frase que dizem: "Somos poucos contra muitos". Nesta linha de espartana vitória sob obstáculos, os personagens buscam fortalecimento, no novo filme do diretor sueco Daniel Espinosa (que comandou o hit escandinavo Dinheiro fácil e investiu as fichas na aventura espacial Vida). Por trás da superprodução de US$ 75 milhões, reside o emblema da Marvel.
No laboratório Horizon, já adulto — e depois de uma intensa cena de ‘bullying’ ocorrida em flasback na Grécia —, o bioquímico Michael se revolta e vira as costas para a comunidade científica e se aplica, tanto no passatempo de fazer ‘origami’ quanto em pesquisas que envolvem sangue artificial, cobaias e dilemas éticos. Com a mente de superdotado, Michael se vale de uma viagem para a Costa Rica, ‘habitat’ de futuros parceiros de vida: morcegos. Com certa dose de crise de consciência, o protagonista investe num projeto arriscado, ao lado de Martine (Adria Arjona).
Morbius tem roteiro assinado pela mesma dupla dos Deuses do Egito e desenvolve a trama de um personagem longe de ser dos mais populares da Marvel. A ânsia de consumir sangue humano — um futuro recurso de sobrevivência de Morbius — deixa o protagonista perdido, na constatação do que pode ser um dom ou uma maldição. Quem conhece o ponto de partida do clássico livro de Robert Louis Stevenson, O médico e o monstro, publicado em fins do século XIX, pode ter a noção do que seja tratado na nova aventura da Marvel. Sem voar, os estandartes da DC e da Marvel Batman e Homem Aranha, em certa medida, perdem para o anti-herói Morbius. Agregada à habilidade de radar dos morcegos (junto com uma audição privilegiada), Morbius adentra a aventura cujos efeitos se escoram, em parte, naqueles vistos em Matrix. Sem carisma, o ator Matt Smith (um dos destaques do recente (Noite) passada em Soho) tem pouco a defender no filme em que, dados exageros das adaptações dos quadrinhos, seu personagem se define como uma efetiva "ressurreição".
Os fiascos nas participações de Casa Gucci, Esquadrão Suicida e Blade Runner 2049, Jared Leto teve a chance de se recobrar, num personagem forte, mas parece optar pelo comedimento que rima com preguiça cênica. "Sou o Venom", Morbius chega a esbravejar. Mas o filme, que traz uma breve sequência com o Abutre (a ser vivido por Michael Keaton), resvala mesmo é para decalque de X-Men, dada a semelhança de efeitos que revestiram trajetórias de Noturno e Mercúrio, entre outros.